Emagrecer é um sonho que desafia pessoas de todas as idades e de ambos os sexos. Hábitos de alimentação desregrados e o sedentarismo são responsáveis pela maioria dos casos de sobrepeso e obesidade. Porém, é preciso entender que a questão do emagrecimento e da consciência do próprio corpo é muito mais delicada e complexa do que fazer dietas restritivas e ficar de olho na balança.
É certo que a sociedade impõe padrões de beleza que deixam as pessoas frustradas. É a contradição de pensar em recusar o prazer de comer para ter o prazer de ter o corpo que se deseja. Mas até onde vale a pena fazer sacrifícios? Será que saúde e emagrecimento andam juntos ou só nos é imposto diariamente que pessoas acima do peso não são saudáveis?
Nós responderemos todas essas questões ao longo desta postagem, sem deixar de mencionar o impacto e os aspectos negativos de uma dieta demasiadamente restritiva, que quase sempre coloca em risco a sua saúde. Ficou interessado no assunto? Continue a leitura até o final!
A ditadura da beleza e os seus impactos na saúde mental
É preciso entender que a ditadura da beleza estabelece muitos tabus e atrapalha a tentativa dos profissionais sérios de serem ouvidos pela população em geral. Querer que o corpo modifique rapidamente para se encaixar logo em padrões pré-determinados pela sociedade faz com que as pessoas se sintam estressadas, insatisfeitas e com baixa autoestima. Afinal, você gosta do corpo que tem? Se pudesse mudar alguma coisa, o que faria?
A resposta de milhões de pessoas a essa pergunta certamente seria “emagrecer” antes de qualquer outra mudança. Emagrecer é difícil, requer a mudança de hábitos alimentares, a prática de atividades físicas e a reeducação de um modo geral. É também comum que muitas pessoas se entreguem a dietas mirabolantes e atividades físicas extenuantes, acabando por ver pouco resultado e desistir do seu objetivo.
Diante desse quadro bastante pessimista, é preciso questionar: por que a maioria das pessoas não consegue emagrecer, mesmo tentando? Quais são os principais erros cometidos nessa tentativa? O que é preciso mudar? Vale a pena fazer dietas muito restritivas?
A consciência do corpo
A consciência do próprio corpo é algo muito relativo. Há pessoas magras que se acham gordas, pessoas gordas que se acham magras, e pessoas hipertrofiadas que se acham pequenas e acreditam precisar crescer mais em massa muscular. Certamente, você já admirou alguém por ter um corpo que parece ser perfeito. Mas já parou para pensar que essa mesma pessoa enxerga milhões de problemas nela mesma?
A falta de conscientização sobre o próprio corpo prega muitas peças, e é preciso buscar aproximar ao máximo possível a impressão que temos do nosso corpo com a realidade. Você já se olhou no espelho de vários ângulos? Já analisou fotografias ou procurou saber o que pessoas de confiança pensam sobre um determinado detalhe físico seu? Já fez avaliações com profissionais de confiança?
Embora nada disso possa garantir o que você realmente é, a junção desses fatores revela o que é mais verdadeiro possível. Em todo caso, é importante não dar nenhum passo em direção a algum tipo de dieta ou exercício sem se conscientizar do corpo que você possui. E, mais importante: gostar dele.
A importância de estar confortável com seu corpo atual
Não falamos isso porque a mudança é impossível ou muito difícil de acontecer, mas, exatamente, pelo oposto: conseguir um corpo escultural exige trabalho e é uma jornada relativamente longa, o que faz com que seja essencial ter conforto e confiança sob sua própria pele para colher resultados satisfatórios e duradouros durante a jornada.
Caso contrário, você pode se tornar refém da sua imagem e do número da balança. Como todos sabemos, esses dois referenciais mudam frequentemente, de acordo com a alimentação, a hidratação e os demais fatores de menor importância, mas que também podem afetar parcialmente a estética do seu físico.
É importante não cair nessas variações cotidianas (e naturais) e sempre evitar atitudes drásticas ao perceber essas alterações passageiras e esperadas.
Por isso, devemos sempre reforçar a ideia da musculação e da prática de atividades físicas como fonte de saúde, lazer e performance para as atividades cotidianas — a estética, apesar de ser importante, é sempre um critério secundário com relação a esses aspectos que mencionamos acima.
Dietas restritivas e seus aspectos negativos
Dietas muito restritivas geralmente são feitas quando se quer resultados rápidos. Os resultados são incentivos para continuar “mantendo a linha” na alimentação.
A maioria das pessoas começa uma dieta por conta própria, eliminando os alimentos que acreditam ser eficientes na perda de peso. Pior ainda: há quem tome medicamentos comercializados por pessoas que o fazem ilegalmente.
Em primeiro lugar, é importante lembrar que não há provas científicas de medicamentos que fazem emagrecer sem comprometer a saúde. Shakes, pratos repetidos, cortes. Será que tudo isso funciona? É certo que você pode perder peso por um tempo e ficar satisfeita com o seu corpo. Mas e depois? Ora, você não pretende ficar de dieta para sempre, certo?
A restrição alimentar pode causar stress, nervosismo e insatisfação. E o que realmente costuma acontecer com pessoas que se entregam a esses recursos para emagrecer certamente é serem vítimas do famoso “efeito sanfona”, o que é ainda pior.
A importância de não se comparar com outras pessoas
Vamos imaginar que você e sua colega de academia começaram uma dieta e ela obteve resultados mais satisfatórios. Isso pode se dever a diversos fatores, inclusive genéticos. Cada organismo se comporta de uma forma diferente, de modo que cada um possui o seu tempo certo de reação a algum tipo de mudança.
Comparar-se com outras pessoas não é eficiente porque não oferece parâmetros confiáveis. Ou seja, você não vai conseguir saber o que está fazendo para manter-se acima do peso, com base no que outras pessoas fazem. Foque em você e comece a repensar os seus próprios hábitos.
Também vale mencionar que todos nós temos metabolismos diferentes, assim como diferentes níveis de atividade física e demais particularidades que afetam em grande parte as abordagens e os resultados que observamos ao longo da semana.
Portanto, uma dieta restritiva que serve para uma pessoa, pode ser terrivelmente perigosa ou até mesmo completamente ineficaz para outra, uma vez que o gasto calórico diário e as necessidades nutricionais mais básicas são, quase sempre, bem diferentes entre si.
O caminho é sempre optar por bons profissionais e não esquecer que a restrição alimentar — especialmente aquelas com base em opinião ou dieta da moda — podem ser danosas para a sua saúde, como veremos a seguir.
Os efeitos colaterais e problemas de saúde causados pela restrição alimentar
Com dietas restritivas, você pode até perder peso. Mas será que essa perda vem somente da gordura corporal? Será que você tem consciência dos efeitos negativos que podem causar na sua saúde e no seu organismo? Em entrevista ao Bem Estar, a nutricionista Daiana Quintiliano Dourado afirma que grande parte das dietas restritivas não proporcionam o equilíbrio alimentar que precisamos para emagrecer com saúde.
Dietas que diminuem os carboidratos restringem também a energia e acabam por nos fazer perder massa magra em vez de gordura. A nutricionista ainda afirma que sintomas como pele ressecada, queda de cabelo, fragilidade nas unhas, mau humor, mau hálito, insônia, dores de cabeça e desidratação são sintomas típicos de dietas que restringem alimentos de forma inadequada.
Além desses sintomas de deficiência clara de alguns nutrientes essenciais, ainda temos variações hormonais que são danosas para ambos os sexos, especialmente para as mulheres que passam pelo ciclo menstrual.
Tudo isso pode causar danos à saúde ainda maiores e, em curto e médio prazo, resultar em um ganho de peso ainda mais acentuado do que o comum. Muitas das vezes, nós notamos que as pessoas acabam por ganhar tudo aquilo que perderam e mais alguns quilos justamente por conta desse completo descontrole do seu metabolismo.
Além de ser frustrante do ponto de vista emocional, o indivíduo ainda corre o risco de acabar hospitalizado nos casos de restrições mais drásticas ou completamente desmedidas para o seu organismo.
A melhor e mais eficiente maneira de emagrecer
A maneira melhor e mais eficiente também é, obviamente, a mais difícil! Embora se entregar a dietas mirabolantes não seja algo exatamente fácil, o que é realmente difícil é se reeducar e mudar os hábitos. Não é só quando o verão chega que devemos ter consciência do nosso peso, do percentual de gordura e do quanto nos sentimos dispostos, mas sim durante o ano inteiro.
Nosso corpo é a nossa casa, e devemos nos sentir à vontade dentro dela. Se você quer emagrecer de forma definitiva, deve, primeiramente, procurar um nutricionista para lhe tirar as medidas, conhecer o seu histórico e lhe indicar a dieta que vai preservar a sua saúde e proporcionar um emagrecimento saudável.
Se, por outro lado, você prefere tentar por conta própria, comece eliminando os seus excessos. Acredite: o problema sempre está no excesso.
Refrigerante todos os dias, chocolates e doces o dia inteiro, dois pratos em cada refeição, duas porções de alimento que podiam ser apenas uma, quatro chopps que podiam ser apenas dois, um prato com um só alimento que, na verdade, poderia ser colorido, e assim por diante.
Aprenda a ouvir o seu próprio corpo
Preste atenção no seu corpo e procure ouvi-lo: será que você ainda está com fome o suficiente para repetir o prato ou apenas gostou do sabor da comida? A reeducação alimentar é a melhor forma de estar em sintonia com o próprio organismo e chegar ao peso ideal, sem restringir nenhum alimento que você goste.
Inclusive, a dieta flexível e as vertentes mais modernas apontam que essa é a abordagem mais eficaz ao longo prazo e a mais segura do ponto de vista emocional.
Para muitos de nós, socializar é importante e, por isso, o ideal é atingir um equilíbrio entre algumas opções mais vantajosas para seus objetivos e para a sua saúde, do que outras que devem ser apenas um complemento e um prazer esporádico.
Em suma, as dietas restritivas são perigosas e quase sempre são uma péssima escolha para aqueles que desejam realmente mudar de corpo em um tempo recorde. Por incrível que pareça, o que dá resultado é uma dieta devidamente equilibrada com um bom programa de exercícios. Essa é a combinação “mágica” para a recomposição corporal e para o “tanquinho” que todo mundo procura.
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