O jejum intermitente é uma dieta que ficou muito popular por conta de uma série de celebridades que começaram a fazê-la. Nela, a pessoa passa um período sem se alimentar, apenas consumindo líquidos ou até mesmo alguns alimentos termogênicos e de baixa caloria. Toda tendência, porém, gera muitas dúvidas.
Nessa modalidade de dieta, a pessoa só come quando sentir fome. Por conta disso, o jejum pode variar entre 8, 10, 12 ou mais horas. Na janela para alimentação, é recomendando comer proteínas e plantas. A primeira opção é ideal, pois traz saciedade por um tempo mais longo.
Neste post, traremos algumas informações sobre esse tipo de jejum, assim como alguns mitos e verdades sobre ele. Acompanhe!
Como funciona o jejum intermitente?
Muitas celebridades e pessoas normais passam várias horas direto sem comer, em jejum. Como vimos, quando bate a fome, é válido ingerir proteína, como carnes e queijos, para sentir fome novamente só depois de muito tempo.
É possível passar longos períodos sem comer, principalmente se o objetivo é emagrecer, mas os riscos para a saúde podem ser um problema. Essa é uma dieta que gera muitas dúvidas e controvérsias entre as pessoas, pois nela não há restrição de calorias.
Quais são os tipos de jejum intermitente?
Há diversas maneiras de fazer esse tipo de privação alimentar. Em todas elas, porém, você passará por um período de restrição da alimentação e outro em que poderá comer. As principais são:
- jejum de 16 horas, em que se passa esse período sem comer — inclui as horas de sono. É permitido se alimentar nas 8 horas restantes do dia;
- jejum de 24 horas, ou seja, um dia inteiro sem se alimentar. Pode ser feito 2 ou 3 vezes na semana;
- jejum de 36 horas, em que você ficará um dia e meio sem comer;
- jejum de 2 dias de restrição, com 5 dias em que você pode se alimentar.
Por que é um método tão polêmico?
Esse tipo de jejum desperta polêmicas por conta da sua restrição alimentar por longos períodos, o que pode parecer que não é saudável para quem olha de fora. Outro ponto que gera repercussão é que essa pode ser considerada uma dieta da moda, o que faz com que ela não seja levada a sério.
Um dos pontos levantados por quem é contra esse jejum é o argumento de que quem o faz consegue emagrecer por um período curto e logo volta a engordar, principalmente se há histórico de sedentarismo. A dieta, porém, deve ser individualizada para cada paciente e específica para cada realidade diferente, para que possa causar efeitos saudáveis.
Existe diferença entre o jejum de homens e mulheres?
Normalmente, as mulheres aguentam menores períodos de jejum que os homens. Isso acontece porque eles costumam ter mais massa muscular, o que significa que têm maiores reservas de glicogênio no corpo, outra fonte de energia que fica armazenada nos músculos e é muito utilizada durante os jejuns.
Por esse motivo, devem existir diferenças nos jejuns intermitentes entre os homens e as mulheres. Para elas, o ideal é seguir um jejum de até 12 horas. No caso deles, conseguem chegar até as 14 horas sem comer.
Quais são os maiores mitos e verdades sobre esse tipo de jejum?
Agora que você já entendeu como esse tipo de jejum funciona, precisa conhecer seus mitos e verdades. Acompanhe alguns deles a seguir.
Todas as pessoas podem fazer esse tipo de dieta
Mito. Esse jejum tem contraindicações. Principalmente crianças, adolescentes, idosos, diabéticos que usam medicamentos hipoglicemiantes e gestantes não devem fazer essa dieta.
A gestação é um período em que as mulheres precisam de mais nutrição. O carboidrato precisa estar presente em todas as refeições para dar energia, por exemplo. Além disso, nunca é aconselhado que as grávidas fiquem muito tempo sem se alimentar, pois podem passar mal e afetar o bebê.
O jejum intermitente traz bons resultados
Verdade. É possível emagrecer seguindo essa estratégia alimentar, mas é preciso saber que, no fim de qualquer dieta, as pessoas podem voltar a engordar. É difícil alguém viver para sempre em jejum.
Por isso, quando a pessoa volta a se alimentar normalmente, ela também retorna aos hábitos errados que tinha antes da dieta e engorda novamente. O método realmente funciona para emagrecer, pois o peso é reduzido de maneira bem rápida. Só que recuperá-lo depois é tão rápido quanto perder. A melhor maneira de conseguir sumir com os quilos extras é realizando uma reeducação alimentar.
Taxas de colesterol ruim aumentam
Mito. Esse é um dos maiores mitos sobre o jejum intermitente. Veja bem, por meio dele, é possível estimular o seu organismo a funcionar corretamente e de maneira saudável sem prejudicar ou ocasionar alguma nova disfunção.
Normalmente, a causa do aumento das taxas ruins de colesterol está atrelada a problemas genéticos ou causados por uma má alimentação. Os produtos industrializados e açúcares, esses sim, são os vilões da saúde. Por essa razão, não se pode afirmar que o aumento das taxas de colesterol ruim é causado por um procedimento como esse tipo de jejum.
O jejum intermitente gera compulsão alimentar
Depende. Grande parte das pessoas que fazem uma dieta mais restritiva podem experimentar exageros e compulsões, já que a compulsão muitas vezes se inicia quando alguém deixa de comer. Além disso, os jejuns intermitentes podem desregular a fome e fazer você comer por estresse. Não são todas as pessoas, porém, que desenvolvem esse transtorno.
Quem faz esse jejum não precisa da ajuda de um especialista
Mito. Assim como qualquer outra dieta, para que seja bem-sucedida, é preciso ter o acompanhamento de médicos especialistas ou nutricionistas. Isso porque eles farão uma avaliação com cada paciente e oferecerão as melhores opções de jejum baseadas no corpo, na saúde e no estilo de vida de cada um.
Quem pula o café da manhã engorda
Mito. A maioria das pessoas acredita que não tomar o café da manhã pode aumentar a fome e, como consequência, provocar o ganho de peso em quem faz esse tipo de jejum. O que acontece é que, na realidade, não faz qualquer diferença para a perda de peso consumir ou não essa refeição — embora possa acontecer alguma variação individual.
É proibido beber água durante o jejum
Mito. Existem muitas vertentes diferentes desse tipo de jejum, algumas em que as pessoas precisam fazer um jejum intenso. Isso não significa, porém, que é preciso parar de beber água. Essa, aliás, não é uma prática que possa ser indicada para alguém. A orientação maior é, pelo menos, continuar se hidratando, pois não faz sentido nenhum cortar a água. Todas as ações que o nosso corpo realiza precisam de água.
É desaconselhável fazer exercícios físicos durante a prática do jejum intermitente
Verdade. Quem costuma fazer atividades físicas sabe que precisa de um número maior de nutrientes no corpo para dar o suporte necessário. Quem passa muitas horas sem comer, quando for realizar um exercício mais intenso ou pesado, pode sofrer com a hipoglicemia — capaz de alterar diretamente o desempenho físico.
Treinar em jejum ajuda a queimar gordura e a emagrecer
Depende. O jejum intermitente é, como já dissemos, uma grande tendência hoje em dia. O que se diz por aí é que fazer o exercício físico sem comer alguma coisa antes do treino queimaria mais gordura de maneira mais eficiente e ainda aumentaria a formação de músculos.
A teoria é que o corpo seria obrigado a utilizar a gordura antes de usar o açúcar para conseguir manter seus níveis de energia e realizar a atividade. O que acontece é que a gordura circula mais no sangue quando a pessoa está em jejum e, para emagrecer, o maior impacto vem da intensidade do exercício, e não do jejum.
Para os exercícios aeróbicos, como pular corda, correr e pedalar, a queima de gordura com o jejum só vai acontecer quando for atingida uma intensidade muito alta e com o acompanhamento certo. Fazer o jejum antes de um treinamento aeróbico comum não terá efeito e ainda pode fazer com que você aguente menos esforço.
Existe, sim, a queima com um alcance de metabolismo aeróbico, aquele em que a pessoa malha com uma intensidade que leva o oxigênio para as células, trabalhando entre 50 e 65% da potência cardíaca máxima. Os treinos moderados já conseguem trazer a queima de gordura eficiente.
Além de ser uma maneira para conseguir aumentar o gasto calórico e oxidar a gordura, o jejum é uma modalidade aconselhada para emagrecer. Contudo, deve ser realizada apenas com orientação profissional. Quando você associa o jejum com a prática adequada de exercícios físicos, consegue sentir menos cansaço e aguentar a intensidade dos movimentos.
É possível perder massa magra com o jejum
Verdade. Quando o objetivo é ganhar massa magra, é crucial fazer refeições ricas em carboidratos de alta qualidade. Isso evita que o organismo utilize proteínas como combustível para gerar energia, um processo que prejudica a construção de massa muscular.
A resposta que temos depois de um exercício de musculação é prejudicada, acontecendo o desgaste do músculo, que perde a proteína necessária — ou seja, perdem-se músculos. Além disso, para potencializar o processo de reparação das fibras musculares, é crucial realizar refeições com fontes de proteínas, já que elas serão capazes de ajudar no processo de reconstrução dessas fibras. Por isso, o ideal é buscar alimentar-se corretamente com comidas saudáveis durante o pré e pós-treino.
Como você pôde perceber, existem diversos mitos e verdades sobre o jejum intermitente que circulam pela internet e que valem a pena serem desmistificados. Caso seja o seu desejo começar a fazer essa dieta, uma dica é conversar com um especialista para que ela seja baseada no seu estilo de vida e na sua alimentação.
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