Obesidade e autoestima: entenda a relação
Obesidade e autoestima: entenda a relação

Obesidade e autoestima: entenda a relação

Na rotina corrida de trabalho, a falta de tempo é um problema recorrente e, consequentemente, a primeira área prejudicada é a saúde. Seja pela falta de atividades físicas, seja por uma alimentação pouco saudável, dois fatores começam a se destacar e, muitas vezes, a incomodar quem se encaixa nesse perfil: obesidade e autoestima.

O primeiro se torna um problema, já que a má alimentação acaba fazendo parte do dia a dia. O segundo fator se manifesta por meio da baixa autoestima, que muitas vezes está ligada ao ganho de peso. Portanto, se você busca alcançar um corpo que lhe agrade e também que seja mais saudável, é fundamental entender a relação entre os dois conceitos.

Que tal, então, se aprofundar na relação entre obesidade e autoestima? Afinal, a saúde envolve se sentir bem consigo mesmo em todos os aspectos. Continue a leitura deste artigo, tire todas as suas dúvidas sobre o assunto e comece a praticar um estilo de vida mais saudável. Confira!

Qual a relação entre obesidade e autoestima?

Infelizmente, a sociedade é regida por padrões de beleza. Sabemos que esses padrões são meras imposições cristalizadas ao longo do tempo, visto que se modificam, a depender da época sobre a qual estamos falando. Por exemplo, na Idade Média, pessoas consideradas bonitas deveriam ter a pele absolutamente alva, sem resquícios de bronzeamento. 

Além disso, eram taxadas como belas mulheres que fossem acima do peso e apresentassem flacidez, já que isso significava que tinham uma vida sedentária e que não precisavam trabalhar. O sedentarismo era, à época, visto como algo característico de pessoas bem-sucedidas, que tinham serviçais para cuidar de tudo.

É claro que descobertas referentes à saúde e as mudanças de pensamento levaram embora esse antigo padrão de beleza que era, para dizer o mínimo, completamente excludente.

Outro exemplo: no início do século XIX, mulheres magras eram consideradas elegantes e, na segunda metade do mesmo século, as curvas começaram a ser apreciadas.

O cenário atual

E hoje, o que temos? Divas do crossfit e das dietas malucas postando fotos em suas redes sociais e vivendo da renda de sua popularidade, fornecendo dicas, influenciando pessoas, fomentando a exclusão daqueles que não se encaixam em seus padrões e, pior, atacando diretamente a autoestima dessas pessoas.

Os indivíduos podem ir muito longe para se encaixar no padrão fitness. É certo que um corpo sarado pode modificar completamente a fisionomia de uma pessoa e afetar sua qualidade de vida. Mas até que ponto é certo se sacrificar? Quantas horas de treino por dia valem a aceitação? E, mais importante, qual o seu objetivo final ao fazer todo esse esforço? Apenas tentar se encaixar dentro de um padrão de beleza ou se sentir melhor com você mesmo, com um corpo que lhe agrada e, mais importante, está saudável?

Deixar de comer tudo aquilo que você ama, ingerir cápsulas de suplementos e até mesmo consumir esteroides tem valido a pena na busca pelo corpo perfeito? Onde está o erro em todos esses padrões?

Ora, a saúde fica, novamente, em segundo plano, ainda que em outro extremo. Na Idade Média, por conta do sedentarismo; nos nossos tempos, por conta do excesso de atividades. Aparentemente, as pessoas vão demorar a compreender que nosso corpo não é um ornamento e nem uma máquina: é um sistema extremamente complexo, sobre o qual ainda conhecemos pouco, munido de energia, emoções e intelecto.

A aceitação das pessoas obesas

Muitas discussões têm vindo à tona sobre a questão da aceitação de pessoas obesas pela sociedade. Afinal, ignorar a exclusão do obeso desde a infância não é possível. A criança obesa sofre desde que começa a frequentar grupos. Invariavelmente, o obeso é visto como incapaz, desleixado e é taxado com outros adjetivos que causam um rombo na autoestima da pessoa.

Há uma linha muito tênue quando falamos sobre chamar a atenção para os riscos que a obesidade traz e condenar pessoas que estão acima do peso, simplesmente porque temos arraigado em nossas mentes que engordar é errado.

Sendo assim, o mais importante é, sem dúvidas, que a sua autoestima esteja elevada e que o seu corpo não seja uma dor de cabeça que você precise enfrentar todos os dias ao se olhar no espelho ou no feed do seu Instagram. A relação entre obesidade e autoestima é direta e são vários os fatores que devem ser considerados nessa história.

Qual o impacto da obesidade na qualidade de vida?

A obesidade pode ser considerada como uma doença crônica, a depender do quadro. O excesso de gordura visceral (acumulada ao redor de órgãos vitais), principalmente, é responsável por abrir brechas para uma série de doenças. Portanto, a gordura acumulada pode afetar o equilíbrio biológico de uma pessoa.

Por essa razão, indivíduos que estão muito acima do peso sofrem de diversos problemas relacionados ao desequilíbrio hormonal e químico. Isso pode abrir portas para hipertensão, outros problemas cardiovasculares, diabetes, disfunções respiratórias, depressão, desgaste articular elevado e outras enfermidades.

Além disso, a pessoa deixa de realizar tarefas que antes eram prazerosas, pela falta de disposição ou mesmo vergonha de mostrar o seu corpo, por exemplo. Com a autoestima em baixa, a tendência que a qualidade de vida registre inúmeras perdas, entrando em um ciclo cada vez menos saudável.

É importante ressaltar que um indivíduo deve ser considerado obeso pelo seu médico, por um educador físico, nutricionista ou outro profissional especializado. Exames são realizados para atestar uma pessoa como obesa. Mera intuição não é capaz de definir acertadamente o estado de saúde de alguém.

Ainda por cima, existem muitas variáveis. Há pessoas obesas que são mais saudáveis do que as magras. Em casos específicos, geneticamente falando, alguns “gordinhos” precisam praticamente ter superpoderes para conseguir emagrecer! Esses indivíduos tentam fazer dieta e atividades físicas, mas não conseguem chegar ao corpo que desejam, mesmo assim, apresentam um bom funcionamento no organismo.

Contudo, estar saudável é muito mais importante do que se sentir dentro de um padrão ou modelo de beleza. Além disso, lembre-se de que o fato de seguir uma alimentação balanceada e de realizar a prática de exercícios físicos regulares, por si só, já pode gerar ganhos de autoestima.

Quais fatores externos podem prejudicar a autoestima?

Ganhar apelidos maldosos, sofrer exclusão social e ser taxado como desleixado, preguiçoso e sem força de vontade são atitudes que abrem as portas para que a autoestima se perca completamente, afetando de forma drástica o bem-estar e a qualidade de vida de quem está acima do peso.

A depressão, por exemplo, encontra caminho livre para se instaurar e, partindo da falta de autoaceitação, influenciada pelas pessoas do convívio do indivíduo, gera uma verdadeira bola de neve: a pessoa não vê razão para ter bons hábitos alimentares e não quer sair de casa por não se sentir à vontade com o seu próprio corpo.

Em casos extremos como esses, é bastante comum que o indivíduo precise de ajuda para sair do estado em que se encontra. É preciso ter o apoio da família, dos amigos e de profissionais especializados no assunto. O incentivo deve ser constante e começar pela autoaceitação, que precisa prevalecer sobre todas as ofensas.

A partir daí, é necessário pensar na saúde, tratando o estilo de vida, eliminando o sedentarismo e adquirindo uma dieta saudável, ainda que pouco a pouco. O processo é lento, mas nada é tão importante quanto o cultivo do bem-estar, mesmo que no fim das contas você continue um pouco acima do peso, mas sem a sombra de doenças graves.

Qual o papel das atividades físicas na luta contra a baixa autoestima?

Dentro desse cenário, é fundamental encontrar atividades que façam com que você tenha uma rotina mais saudável, combatendo não só a obesidade, mas também a perda de autoestima. Por isso, listamos algumas das principais vantagens de realizar exercícios regularmente. Confira!

Combate o estresse

A falta de tempo e as preocupações diárias geram o estresse, que acaba prejudicando a qualidade de vida de qualquer pessoa. Pouca disposição é um dos principais sintomas, além de problemas mais graves, como aumento da pressão arterial, dificuldade para dormir, gastrite e dores por todo o corpo.

Ao praticar exercícios, porém, você combate diretamente esse mal, além de facilitar a perda de peso e o aumento da autoestima. Por liberar endorfina — o hormônio do bem-estar — durante a prática da atividade física, o indivíduo passa a se sentir melhor, gerando relaxamento e prazer e, consequentemente, reduzindo qualquer inquietação.

Facilita a diversão e a perda de peso

Algumas atividades, como a dança, tem tudo a ver com obesidade e autoestima. Primeiro porque é uma atividade física que contribui para a perda de peso e, ainda mais importante, para uma melhor qualidade de vida. Em segundo lugar, os movimentos da dança também fortalecem os músculos, contribuindo diretamente para uma vida mais saudável e uma melhor aceitação do corpo.

Além disso, a dança é uma atividade dinâmica e divertida, que permite o contato em grupo. Portanto, perceba que você pode se divertir enquanto pratica um exercício físico, aliando bem-estar e saúde em uma só atividade. Para quem precisa dar o primeiro passo rumo a uma rotina mais saudável, essa pode ser uma excelente alternativa.

Por que a ajuda profissional é fundamental?

Nesse processo de emagrecimento e retomada da saúde, é fundamental que você conte com o acompanhamento de um profissional da área. Especialmente se estiver muito tempo parado ou mesmo se nunca tiver praticado algum exercício físico. O profissional vai orientar os caminhos que você deve seguir para evitar, por exemplo, lesões que possam atrapalhar o seu progresso e desanimá-lo.

Como vimos, a relação entre obesidade e autoestima é muito próxima, com uma influenciando a outra. Porém, o mais importante é alcançar uma vida mais saudável, com qualidade de vida e, consequentemente, respeitando o próprio corpo, não importa como ele seja. O essencial é se aceitar e se sentir bem e confortável ao se olhar no espelho.

Agora que você já sabe como esses fatores se relacionam e impactam diretamente o modo como você vive, que tal conferir mais um de nossos artigos? Preparamos um post para quem busca uma rotina mais saudável e mostramos por que alimentação, dedicação e treino são o segredo da autoestima!