Com qual ritmo é preciso treinar para conseguir resultados?
Com qual ritmo é preciso treinar para conseguir resultados?

Com qual ritmo é preciso treinar para conseguir resultados?

Saber o ritmo certo dos exercícios para alcançar os resultados que desejamos é sempre um grande desafio.

Afinal, treinar demais não é benéfico, ao mesmo tempo que treinar abaixo de nossa capacidade não traz resultados, o que é extremamente frustrante. Como é possível saber qual é o melhor ritmo para cada indivíduo? Para responder a essa pergunta é preciso considerar diversos fatores e não só o ritmo de treino. Em todo caso, é ainda melhor treinar em um ritmo baixo do que exagerar, já que podem ocorrer lesões musculares oriundas do excesso de treino para músculos despreparados. Portanto, a primeira coisa que é preciso ter em mente é a ideia de que o potencial muscular do organismo deve ser melhorado de forma gradual.

Começando uma rotina ativa

Se você acabou de sair de uma rotina sedentária ou não treina há um bom tempo, é imprescindível que pegue um pouco mais leve. Ainda que seja capaz de levantar mais pesos ou fazer um aeróbio mais acelerado, o seu organismo estava acostumado com o repouso e precisará recrutar músculos que estavam sendo pouco ativos. Isso pode acarretar fortes dores musculares sem haver a menor necessidade para isso. É importante ter em mente que a atividade física deve ser feita sob um ponto de vista de conforto e não de dor e desconforto. A educação física ensina aos seus alunos e adeptos a importância de prevenir qualquer tipo de desconforto que prejudique os seus próximos treinos.

Assim, para começar é extremamente importante ir com calma para se acostumar novamente com a atividade. Embora uma dor moderada possa ser esperada, nada exagerado pode ser benéfico. Outro ponto importante são os órgãos, cuja capacidade aumenta com a frequência fisicamente ativa. O bom funcionamento dos órgãos sempre estipulará um limite intransponível: a aceleração do coração, a respiração e todo o sistema circulatório precisam estar em sintonia com a sua atividade. Saindo do sedentarismo as chances de os seus órgãos estarem acostumados a uma performance superior à moderada são mínimas.

Intensidade no treino

Porém, o caso é diferente se você já treina há alguns meses, pelo menos, e ainda não viu resultados no seu treino. Antes de atribuir a isso a responsabilidade ao ritmo, é preciso considerar outros fatores. Primeiramente, pense no seu objetivo: o que você espera da atividade física? Por mais que o seu objetivo ainda não tenha sido alcançado, certamente você já pode conferir outros benefícios, como a melhora do sono, o sumiço de algumas dores crônicas e um aumento da disposição, certo? Vamos imaginar que você deseja emagrecer, mas não consegue, apesar de treinar.

O processo de emagrecimento depende de uma boa rotina de atividades físicas, mas não se trata somente disso. Emagrecer exige um pouco de compromisso e disciplina, de modo que, certamente, você precisará também adequar a sua alimentação a este objetivo. Se você abusa dos doces, do álcool, e acaba exagerando nos alimentos mais saborosos e calóricos, as chances de que treine e continue com o mesmo corpo são bastante altas. A depender dos excessos, a probabilidade é de que a atividade física consiga apenas retardar um ganho de peso, nada mais. Se você mantém a sua alimentação e começa a se exercitar, é certo que perderá algum peso. Porém, a atividade física precisa ser aliada à alimentação saudável e voltada ao emagrecimento para que esta perda seja ainda maior e ocorra em um período de tempo mais satisfatório.

O ritmo certo

É impossível determinar um ritmo “certo” para todo mundo. Cada um possui um organismo que responde de forma diferente. Portanto, o ritmo certo para você é aquele no qual você se sente confortável para ir um pouco além. Se você acredita que os pesos do seu treino de musculação já estão muito leves e você pode levantá-los sem nenhum esforço, é hora de aumentar. Isso pode ser extremamente subjetivo, mas é o conselho mais seguro dos profissionais da saúde e da educação física. Aumente, desde que você se sinta bem e continue executando os movimentos da forma correta. Se você quer aumentar a sua velocidade na corrida, tente subir gradativamente a velocidade na esteira para ver como se sente. Se ficar confortável, continue! Caso sinta tonturas e enjoo, provavelmente ainda não é o momento de acelerar tanto.

A tendência é que o organismo se acostume com a atividade e recrute cada vez menos músculos para executá-lo, o que significa uma queima calórica menor ao longo do tempo. Do mesmo modo, se você corre, pedala ou nada sempre a mesma distância e com a mesma intensidade, certamente chegará um momento no qual sentirá que não está fazendo tanto esforço. Exercícios “fáceis demais” não são bom sinal. Procure se acostumar com a sensação saudável de desgaste, que é nada mais do que um cansaço que te permite concluir o exercício sem deixar que o nível caia, e ainda chegar em casa se sentindo disposta para fazer uma refeição saudável!

Ritmo, carga e execução

Pensar que cargas elevadas e um ritmo acelerado são mais eficientes para a queima calórica do que a execução correta do exercício é um engano. Diversos estudos têm desmistificado os exageros que ocorrem nas academias todos os dias e colocado em primeiro lugar, tanto pela eficiência quanto pela própria segurança do organismo, a execução correta dos movimentos. É preciso levar em consideração a sua amplitude, por exemplo, que é fundamental para requisitar a tarefa do músculo de forma mais homogênea e completa.

Além disso, em muitos casos é o ritmo lento que será o grande desafio, especialmente no caso da musculação, já que sustentar uma carga por mais tempo pode ser extremamente difícil e desgastante. Por isso, é importante não se preocupar somente com o ritmo em si, mas com a melhora da sua performance de um modo geral, com a adaptação confortável e saudável do seu organismo a essa nova performance e também com a execução correta do exercício do início ao fim, mesmo que a carga, a velocidade, ou o tempo de atividade aumentem.