O Setembro Amarelo é conhecido, no Brasil, como o mês de Combate ao Suicídio — isso porque o dia 10 de Setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Durante todo o mês, portanto, podemos observar o laço amarelo em várias campanhas, além de espaços públicos e privados iluminados com a cor. Também são comuns eventos, debates e alertas sobre a importância do tema.
Mas, afinal, isso é preciso? Dados do Ministério da Saúde afirmam que sim: somente no Brasil, o número de suicídios registrados chega a 11 mil por ano. Além disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que essa já é a segunda causa de morte entre os jovens entre 15 e 29 anos.
Por que isso está acontecendo em nossa sociedade? Como evitar? Neste post, vamos abordar esse tema tão importante e atual. Não perca!
O Setembro Amarelo
Criado em 2015, o Setembro Amarelo é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e do Conselho Federal de Medicina (CFM).
O mês para marcar a campanha foi definido por causa do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, 10 de setembro, criado em 2013 por iniciativa da International Association for Suicide Prevention.
Tal data é marcada por eventos, rodas de discussão e atividades que chamem atenção ao tema, tão fundamental em nossa sociedade atual. Além disso, como dito anteriormente, vários monumentos e locais públicos são iluminados com a cor amarela durante o período — o Cristo Redentor, o Estádio Beira Rio e o Congresso Nacional são alguns exemplos.
A depressão como gatilho do suicídio
Algumas das principais razões para que uma pessoa cometa o suicídio são transtornos mentais, violência doméstica, envolvimento com drogas, bullying e depressão. Por isso, os alertas da Organização Mundial de Saúde precisam ser repassados para toda a população, visto que os casos de depressão não param de crescer no Brasil e no mundo — nosso país já é, inclusive, líder na quantidade de casos na América Latina.
Uma grande tristeza em relação a diversos aspectos da vida, a apatia por si mesmo e pelos outros, e a incapacidade de acreditar na própria força são alguns dos sintomas da depressão — e que podem acabar levando ao fim trágico. Todos esses sentimentos podem ser despertados pelo estilo de vida que a nossa sociedade tem atualmente.
Para muitas pessoas, por exemplo, é difícil suportar a pressão constante por resultados no trabalho, a obrigatoriedade de sucesso em todos os âmbitos da vida e as comparações com amigos e familiares.
Entre os jovens, também se destaca a incapacidade de se encaixar dentro de padrões estéticos de comportamento, além do bombardeio de informações, da intensidade com que tudo é sentido e da dificuldade em lidar com as frustrações.
O resultado, como podemos observar, são cérebros cada vez mais expostos a diversos tipos de stress, o que predispõe o surgimento de doenças mentais como a depressão.
O papel da atividade física no combate à depressão
Sim, existe uma luz no fim do túnel! E, para alcançá-la, é preciso correr ou praticar qualquer outro tipo de atividade física.
Os exercícios físicos são tão benéficos para o corpo e a mente que, hoje em dia, os psiquiatras têm recomendado aos pacientes deprimidos a prática de alguma atividade juntamente ao tratamento com psicoterapia e medicamentos.
E isso não é por acaso. Entre os benefícios de se exercitar, podemos citar:
- liberação de endorfina, o hormônio do prazer;
- ativação de neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar;
- estímulo do crescimento de células nervosas no hipocampo, uma região do cérebro responsável pela memória e bom humor — e que costuma ser menor em pessoas com depressão;
- regeneração neural, que ajuda na superação da doença ao longo prazo.
A boa notícia para quem ainda não é adepto dos exercícios é que não é preciso se tornar um atleta profissional. Na verdade, basta sair do sedentarismo — que parece ser um grande responsável pela tristeza profunda.
Portanto, é possível começar com atividades mais leves e que tragam uma sensação maior de bem-estar, como uma caminhada no parque, uma volta com o seu cachorro, algumas braçadas no mar ou na piscina, ou um futebol descompromissado com os amigos.
Outra boa dica são as aulas em grupo, oferecidas por muitas academias: além de se exercitar, você acaba se divertindo com o restante da turma e fazendo novas amizades (as quais você pode levar, até mesmo, para o resto da vida). Manter bons relacionamentos também é um grande aliado contra a depressão.
A importância de buscar ajuda profissional
Se você acha que está sofrendo com depressão, não guarde isso para si, não se envergonhe e busque ajuda de profissionais da área da saúde. A depressão não é brincadeira e, como mostramos neste texto, pode ter consequências graves se não for tratada de forma correta.
Um diagnóstico precoce também pode ajudar na eficácia do tratamento, devolvendo a sensação de bem-estar e a qualidade de vida mais rapidamente. Os psicólogos e psiquiatras são os profissionais indicados para ajudá-lo nessa caminhada — você só precisa dar o primeiro passo.
Como vimos, a depressão é um grande mal de nossa sociedade, e, além de prejudicar a qualidade de vida da pessoa como um todo (em seus relacionamentos, trabalho e saúde), ela pode ter consequências drásticas, como o suicídio.
O Setembro Amarelo está aí para nos mostrar a importância de conversar abertamente sobre a doença, sem preconceitos e julgamentos. Se você se identifica com os sintomas da depressão ou conhece alguém que pode estar passando por isso, não hesite em procurar ajuda.
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