Olhar-se no espelho e achar que as roupas não estão mais legais porque você acha que ganhou alguns quilos é algo normal de se acontecer com quase todo mundo, mas saber se você está com a saúde em dia deverá pesar-se constantemente e analisar se o valor do seu peso é favorável.
Subiu na balança e ficou assustada com os quilinhos que ganhou neste final de semana indo para o churras com os amigos? Aí bate aquela dúvida se precisa manter foco para perder peso ou se aquele peso é o ideal… mas peraí, realmente existe peso ideal? Confira!
Existe peso ideal?
O peso é uma das referências de medidas antropométricas, onde os profissionais da saúde usam-no como referências para diversas ações, como aplicar um medicamento, saber se há obesidade ou desnutrição, e na academia, serve para estipular se o praticante está chegando em seu objetivo.
O termo “Peso Ideal” é que não existe, se fosse para usar essas palavras, é o mesmo que falar que todo mundo deveria ter aquele peso específico para entrar na padronização. O que realmente existe é peso saudável, onde o peso será avaliado de acordo com seu biotipo e medidas gerais.
Na realidade, o peso saudável é aquele em que você atinge sem necessitar de esforços exagerados e de forma gradual, você poderá conquistá-lo com mudanças de hábitos alimentares, só assim você não terá nenhum problema com perder peso, pois algumas pessoas até sofrem nesse processo. Ou seja, reeducação alimentar é o caminho.
Mas e o cálculo de IMC? Serve?
Ele é um padrão bastante utilizado pelos profissionais de saúde para saber se você está com seu Índice de Massa Corpórea (IMC) adequado. Os parâmetros são desenvolvidos pelo Ministério da Saúde, o qual fala que o resultado do cálculo – IMC= P (Peso em kg)/Altura² – o ideal é chegar a ser entre 18,5 a 25.
Estar abaixo do parâmetro do IMC significa que você deverá se alimentar mais, corre risco de ter anemia e outras doenças por insuficiência alimentar. Já se você estiver acima dessa faixa, significa que você está em sobrepeso, devendo perder alguns quilos para se manter longe de doenças como diabetes e hipertensão, já que a obesidade é fator de risco para as mesmas.
Menos de 16: desnutrição grau III
16,0 – 16,9: desnutrição grau II
17,0 – 18,4: desnutrição grau I
18,5 – 24,9: eutrofia (peso ideal)
25,0 – 29,9: sobrepeso
30,0 – 34,9: obesidade grau I
35,0 – 39,9: obesidade grau II
40,00: obesidade grau III
Cuidar do corpo significa muito para muitas pessoas, mas… e cuidar da saúde também é importante para você? Estar ciente do seu peso pode ser algo estético, assim como pode ser uma questão de saúde.
O cálculo realmente funciona?
Ele é o utilizado no geral, mas ele tem apenas uma falha… ele distingue o que é gordura e o que é peso por massa corporal. Ou seja, um atleta que faz fisiculturismo que tem grande quantidade de massa magra, e pesa, o IMC iria mostrar um resultado elevado sem haver alterações na saúde dessa pessoa.
O cálculo pode até servir de parâmetro, mas pelo motivo citado anteriormente, os valores necessitam ser individualizados. O resultado do IMC servirá como um sinal de alerta, mas em relação ao sobrepeso não quer dizer que ele indique problemas de colesterol, diabetes, muitas vezes só é preciso perder peso.
Um exemplo disso, é quando duas pessoas possam ter os mesmos resultados de seus IMCs, porém os seus biotipos são totalmente diferentes. Sabemos o quão importante é avaliar a quantidade de gordura corpórea, porque o resultado de IMC da pessoa pode estar dentro da normalidade e ela possuir muita circunferência abdominal, o que não é bom.
Ou seja, estar com o IMC dentro do esperado não significa ter uma vida saudável.
O que seria ideal é procurar uma unidade de saúde para fazer consultas médicas, com nutricionista ou um enfermeiro, para obter solicitação de exames laboratoriais e clínicos, para que você saiba como está o seu estado de saúde e se deverá intensificar mais a sua dieta para melhorar os padrões alterados ou devido alguma patologia.
Ninguém consegue ser autossuficiente e ir agindo sem uma ajuda profissional. Por isso aconselhamos você a procurar quem realmente entende para cuidar de sua saúde, não podemos negligenciar nosso estado de saúde por medo ou receio, há diversos tipos de planos de saúde privado e público que pode te ajudar a ter acesso a consultas e exames.
Mas como distinguir gordura a massa muscular?
Há um exame chamado de bioimpedância que poderá diferenciar esses dois casos, sendo mais apurado que o IMC. Pois você tem que ficar observando a sua composição corporal, quanto à quantidade entre água, ossos e órgãos, massa gorda e massa magra em seu organismo, são eles quem irão sinalizar se uma pessoa está de acordo com o padrão saudável de seu corpo.
Durante o exame o paciente deverá ficar em pé em cima de uma plataforma parecida com uma balança, firmando os pés no local indicado.
Ao ligar o aparelho, é emitido uma corrente elétrica bem fraca que irá percorrer por todo o corpo e, logo depois, é liberado um relatório bem preciso sobre a composição corporal. Quando a pessoa possui muito tecido adiposo, a condução elétrica irá ter mais resistência para passar, já quando tem mais músculo, passará mais fácil.
O relatório com peso sairá logo depois do exame, demonstrando quantos quilos a pessoa tem de massa muscular e de gordura, em porcentagens. Esse exame é feito em nutricionista, endocrinologista e em algumas academias pelo profissional de educação física.
Além do mais, é interessante que a mulher que for fazer não esteja menstruada e não tenha realizado exercícios físicos antes do exame para não alterar os resultados. O resultado esperado é aquele que tenha uma grande distância entre os valores de quantidades de músculos e de gordura. Converse sempre com o profissional que realizou o teste em você para entender melhor os resultados e análise.