A gordura corporal é sempre o assunto principal daqueles que iniciam algum esporte ou atividade física. Na maioria dos casos, as pessoas buscam emagrecer e ter um corpo mais delineado.
O problema acontece na hora de definir o que é emagrecimento, porque muitas vezes surgem mitos e diversas concepções equivocadas sobre o tema. Sempre ouvimos falar sobre como perder gordura localizada, como transformar “massa” em músculos entre várias outras ideias que não estão de acordo com a realidade.
Para que você não tenha mais nenhum problema para definir seu objetivo, preparamos este post com algumas das informações mais importantes sobre a gordura corporal. Confira!
O que é gordura corporal?
A gordura corporal nada mais é do que tecido adiposo. Esse tecido é rico em lipídios (gorduras) e sua principal função é armazenar energia para os momentos em que o organismo não encontra nenhuma fonte de alimento.
Quando falamos em avaliação física, a gordura corporal é medida em porcentagem e é um importante marcador para a saúde de ambos os sexos. Diferentemente do que muitos imaginam, até mesmo as pessoas mais magras apresentam alguma porcentagem de gordura em seu corpo.
Apenas para que você tenha um comparativo, um homem apresenta cerca de 15 a 20% do seu peso corporal em tecido adiposo. Já as mulheres, costumam apresentar um valor um pouco mais alto devido às diferenças evolutivas e fisiológicas, ficando em média com 20 a 25% de gordura corporal em níveis saudáveis.
Como comparativo, saiba que homens em forma — com abdômen definido — costumam ter algo em torno de 10 a 15% desse percentual. Mulheres normalmente têm entre 15 e 18%. Já nas pessoas que se encontram na obesidade, facilmente vemos um percentual que ultrapassa os 30% de gordura corporal.
Note que esses valores são apenas estimados e podem variar de acordo com o protocolo utilizado na avaliação física. Alguns avaliadores usam mais dobras subcutâneas do que outros, enquanto outros optam por locais mais peculiares para fazer essa medição.
Tudo o que você precisa saber é que não ter um número significativo de gordura em seu corpo é prejudicial para a saúde — especialmente para as mulheres, em que pode acontecer a chamada amenorreia, que é a ausência de menstruação. Homens perdem testosterona e passam a ter alguns problemas fisiológicos que também podem causar outros riscos ao bem-estar.
Como ela é mensurada?
A gordura corporal é medida com um adipômetro (também conhecido como plicômetro), pequeno instrumento parecido com uma pinça que é capaz de dizer a espessura de uma determinada dobra cutânea.
Como dissemos acima, existem métodos que se baseiam em diferentes dobras do corpo. Algumas metodologias usam uma dobra na região da coxa, enquanto outras eliminam por completo essa necessidade.
Normalmente, você consegue saber com exatidão o seu nível de gordura corporal por meio de uma avaliação física feita por um nutricionista ou avaliador da sua academia. Essa é a maneira mais fácil e mais indicada para quem não tem nenhum conhecimento técnico ou os equipamentos para realizar a medição e os cálculos necessários.
Na falta desses instrumentos, o bom e velho espelho ainda é uma ótima solução. Basta se comparar com algumas imagens na internet para definir por alto seu nível de gordura corporal. Obviamente, esse segundo método não tem muita exatidão e não é indicado para iniciantes quando o assunto é a definição de uma meta mensurável pautada em um espaço de tempo.
Quais são os principais mitos e verdades sobre a gordura corporal?
Agora que você já tem um conhecimento razoável sobre o tema, chegou a hora de falarmos mais a respeito de alguns mitos. Mencionamos alguns deles no início do post e daremos mais profundidade a eles sem deixar de falar a verdade por trás de cada uma dessas ideias antiquadas. Vamos em frente.
É possível perder gordura de forma localizada
O mundo fitness é cheio de controvérsias. Muitas delas acontecem puramente pelo marketing agressivo de algumas marcas e companhias que desejam vender seus produtos de maneira predatória. Essas empresas capitalizam as fraquezas de alguns grupos de pessoas e passam a vender soluções que dificilmente se enquadram na realidade.
A maior delas é a queima de gordura localizada. Normalmente, esse efeito é direcionado para as mulheres que sempre sentem que há uma área de desconforto, seja na parte posterior dos braços, no culote ou na cintura.
A verdade é que seu corpo queima gordura de forma total. Ele não escolhe uma área em especial. Por essa razão, normalmente notamos que o local em que temos mais acúmulo ou queima é aquele mais afetado pela dieta ou beneficiado pelas atividades físicas.
Dá para transformar gordura corporal em músculos ou vice-versa
Esse mito é mais comum entre homens ou iniciantes nos exercícios de musculação. Eles acreditam que apenas o volume dos braços ou de outra região é determinante para o ganho muscular.
Muitas vezes, aqueles que já apresentam medidas maiores se impressionam porque, com o passar do tempo (treinando com pesos), certas regiões do corpo se tornam um pouco mais “esculpidas” e isso traz a concepção equivocada da transformação do tecido adiposo.
A realidade é que a gordura corporal não se transforma em músculos. O que acontece é que a musculatura se torna maior e consequentemente passa a dar mais forma ao corpo, mas, na maioria dos casos, o percentual de gordura continua bem próximo ou igual ao anterior. Em contrapartida, o mesmo acontece com quem para de malhar — o corpo começa a perder a massa muscular adquirida e há uma falsa sensação de ganho de gordura.
Somente exercícios de baixa intensidade queimam gordura
Esse mito surgiu muito por causa dos fisiculturistas, que dificilmente realizavam exercícios cardiovasculares de alta intensidade em função do medo de perder massa muscular. Diferentemente dos outros dois casos, esse mito não é completamente infundado. Mas, a maioria da população não precisa se preocupar com ele.
Em primeiro lugar, porque muitos ainda apresentam uma boa quantidade de tecido adiposo para queimar, fazendo com que o corpo não chegue a utilizar sua própria musculatura como fonte de energia primária. E, em segundo lugar, dificilmente uma pessoa se exercitará por tanto tempo e com tanta intensidade a ponto de atingir a quebra de aminoácidos dos próprios músculos.
Hoje, pesquisas comprovam que treinos intervalados com mais intensidade e menor duração ajudam a preservar a massa muscular e a gerar maior queima de gordura em médio e longo prazo. Lembrando que o indivíduo deve estar com a nutrição adequada para ter esses efeitos.
Entretanto, isso não significa que a caminhada ou outras atividades devem ser descartadas: pessoas muito acima do peso ou com condicionamento físico não tão desenvolvido podem e devem utilizar a caminhada ou atividades semelhantes inicialmente para conseguir atingir suas metas.
Como você pôde observar, o assunto é ligeiramente mais extenso e mais complexo do que as pessoas costumam acreditar. Para fugir dessas armadilhas e parar de remar na direção errada, procure um bom educador físico para ajudar você a conquistar seus objetivos.
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